segunda-feira, 9 de abril de 2012

VIDA

Quem espera a morte sempre ganha alguma coisa, quem não a espera sempre ganha, tambem, algo. O que esperamos, a morte ou a vida? Sempre que nos perguntam sobre esse assunto nos assustamos e nos escondemos para não pensar sobre. Por que a morte sempre causa impacto "mortal" sobre nós? Por que temos medo ou, amedrontados ficamos quando nós falam que a vida é breve para todos? Se assim for, por que nos preocupamos menos conosco e nos preocupamos em cuidar da vida dos outros? Para sentarmos sobre a dor do outro é preciso que repousemos sobre a nossa própria ferida e descobrirmos porque tanto sofremos na vida. Hoje estamos mais pesados e mais preocupados com o que vai acontecer a manha, se a senha do banco vai mudar, se a moda de amanha será outra, se a tinta de cabelo vai cair bem em nossas madeixas, se o bar do "pirulito" vai fechar, se a novela das "horas" vai terminar tudo bem, se o vizinho casou de novo e com quem. Onde estamos nós? Em que mundo estamos, no nosso ou nos dos outros?
Por que tanta discordância com o seguimento religioso dos outros? Por que tanta discrepância com o gosto das pessoas? Abro o debate com essas simples colocações. Pois vejamos o que será possível se fazer ou se não temos nada a fazer, e por que? JW

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quando fui buscar um pensamento encontrei um delicado mundo interno que me causou espanto e desespero. Depois de  muito refletir, cheguei a nenhum resultado ou solução para esse fato. Então, pensei novamente, e decidi continuar me espantando e desesperando-me, pois a isso não tem solução e nem saída. Natureza interna é algo para viver para sempre, não temos como abandoná-la ou mesmo destruí-la. Ela é, " e se case para sempre" não tem separação. Por isso, vou vivendo e me descobrindo e reconstruindo-me dentro do que posso...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Educação Popular: o pêndulo da “ousadia”

Os estudiosos ao fazerem o recorte da cultura popular afirmam que a
origem da Educação Popular aconteceu por volta dos anos 50. Porem, essa
educação sempre esteve presente na vida das classes, dos despossuidos de
poderes, fama e riqueza. Podemos dizer que ela é uma confluência entre a
cultura moderna e tradicional: as festas e celebrações da vida, nos seus
cantos e momentos de dor, na sua forma de resistir aos conflitos, na sua
forma de expressar sua fé, de aprender a sobreviver e entender o mundo. A
essa maneira de educar das classes populares, saberes que não estão
presentes nos currículos escolares, mas que são vitais a sua sobrevivência
e identidades é que chamamos de Cultura Popular. Ao ressignificar esses
saberes construídos a séculos, lhe deram uma nova classificação e a
conceituaram como Educação Popular.
A Educação Popular surge num momento histórico e tinha um papel
preponderante na construção de um projeto para o país e o fortalecimento
de uma mística revolucionária. Havia no país um desejo imperativo, desejo
de mudança, de maior democracia e de justiça social. O espírito revolucionário se
fortalecia tendo como exemplo a revolução Cubana, e mais tarde a Nicarágua. O
movimento revolucionário acontecia no Chile, Argentina e em outros paises.
Em principio, um conceito não tão bem definido, ainda vinculada com o
movimento de Cultura Popular: uma educação comprometida com os sujeitos menos
favorecidos. Essa consolidação da Educação popular se dá na articulação entre os
conceitos marxistas e cristãos e nasce se posicionando como oposição a educação
informal, tendo como expoente teórico Paulo Freire, com sua obra Pedagogia do
Oprimido. Trazia uma metodologia e conceitos articulados, orientados por uma leitura
dos conflitos entre as classes sociais. Sua obra apresentava princípios fundamentais para
a pratica educativa libertadora se opondo a educação autoritária: toda educação tem uma
intencionalidade política, por isso ela não é neutra; todos os homens e mulheres trazem
consigo um saber e a sua apropriação acontece através do dialogo; o conhecimento
como provocador da consciência do sujeito que o motivava à ação transformadora da
realidade. As idéias de Paulo Freire aprofundaram o corte histórico, que já vinha
acontecendo com as idéias marxistas, a doutrina social da Igreja, questionando a
sociedade brasileira, a educação com caráter assistencialista e todo o sistema
educacional.
A pressão dos trabalhadores aumenta exigindo educação para seus filhos, o
mesmo acontecia com os movimentos sociais, tanto rurais quanto urbanos, exigindo
maior participação nas decisões do país e mudanças estruturais. É um momento
histórico onde as classes populares e outros segmentos da sociedade solidários às
reivindicações populares se sentem fortalecidos. Nesse palco a UNE, jovens estudantes
universitários tiveram um papel preponderante no movimento de alfabetização. Esta era
tida como uma estratégia de mudança e participação política. A Igreja Católica foi
criativa e comprometida ao implementar o projeto Movimento de Educação de Base
(MEB), este chega até as regiões mais distantes do eixo Sudeste e Sul, atuando
principalmente na Região Nordeste.
Para Rudá Ricci 1 “o papel da educação popular , nos dias atuais, seria
tencionar esta sabedoria que brota do cotidiano pensado com o conhecimento nascido
da racionalidade cientifica, porém nos dias atuais ainda é sentida uma indefinição.”
1 (Ricci/Rudá/2009)
Acredito que um dos fatores é encontro imbricado entre a Educação Popular e o
Pensamento cientifico, aquela acaba perdendo o seu encantamento, a paixão e ganha na
racionalidade. Pergunto-me: será por isso, uma das causas, que a educação popular
fugiu do chão dos grupos populares, comunidades e ganhou os céus da academia? Sem
saudosismo, em tempos neoliberais como fazer o caminho inverso? Diante desse novo
contexto não é possível negar a importância e necessidade do pensamento cientifico e
tecnológico, mas como refazer o caminho que leva ao encontro da educação humanista,
proposta por Paulo Freire?
Gabriela Barbosa

domingo, 6 de março de 2011

NÃO SEI

Cansado estou, de ver uma alienação infantil em relação a musica e bandinhas de novos tempos, dilaceradas com suas melodias inrustidas de um modismo barato, mas que em pleno século XXI consegue arrastar pessoas supostamente maduras, mas presas em um infantilismo "adolescentiques". Fiz uma pequena pesquisa na internet, fiel net em alguns pontos, em que pude perceber como é fácil enganar as pessoas com melodias e sintonia instrumental e leva-las, pela audição defeituosa, a adoração e fã clubes imbecilizados sem um mínimo de criticidade ao que ouvem. O que se esperar de tais pessoas, simples, alienação e rios que correm na mesma via que todos. Somos o país da musicalidade, sim, creio que somos mesmo e não deixamos a desejar, mas a massificação tem um perigo, onde qualquer um pode vender o seu produto ou lotar espaços com multidões e abocanhar o seu, mas abocanhar com a "burrice" pública é uma judiação. Deixo, sem saber se estou muito certo, a minha indignação como educador que sou, e preocupado com uma conscientização do ser e a construção do mesmo pela descoberta de si, mas vejo que fica cada vez mais difícil executar ideais, que não são meus, e sim abraçados por mim, justamente por estar vendo por todos os cantos do mundo um emburrecimento popular causado, infelizmente, pela música e outros instrumentos ideológicos. É isso

domingo, 16 de janeiro de 2011

“Mundo” Amargoso

Há muitos anos atrás, pensei em algo que mudaria por completamente minha vida. E este algo, de verdade, proporcionou muitas mudanças em meu olhar, pensamentos e comportamentos. Mas já sabia que, pagaria um preço bastante alto por isso, pois sabemos que na sociedade em que visa à maldade, seja ela, explicita ou implícita que não gosta dos praticam o bom viver e valorização do outro, então com isso teria problemas. Que algo foi este? Foi exatamente um desejo que nasceu em mim, por uma vivencia fundamental para o melhor do humano neste mundo. Mas não veio simplesmente, este desejo, do acaso, mas sim por ver muitas coisas que nós humanos fazemos de ruim, que em mim ferveu este querer ser melhor e mais interessante. Pois passei acreditar que a nossa vida só vale a pena quando a fazemos dela um fato real, ou seja, quando a vivemos de verdade e praticamos o melhor. E que, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo, não só com minha utopia, mas com praticas a ela coerentes. A pesar de todas as complicações já sofridas, não desisti e nem irei desistir de ser assim, ver o bem para alem do meu próprio umbigo. Tem dias que me canso das investidas de outras pessoas, no intuito de macularem minha vida e com a intenção de prejudicar meus caminhos. Confesso que já sofri muito com mentes perversas e diabólicas, que perduraram em meus sonos e no meu dia a dia, mas sofri com destreza e lealdade. Não sou exímio em tudo, não. E usarei uma frase do Freire, onde ele diz que, “quem quiser me ofender que me chamem de bomzinho”. Mas também não me vendo por qualquer coisa ou qualquer bestialidade humana. Cometi algumas bobagens ingênuas, mas nunca com a intenção de ofender ninguém ou magoa-las, não. Tornei-me um pensador com qualidade, e isso, me levou para o melhor de muitas coisas, ou seja, melhor compreensão do outro e da outra com o intuito de vê-las como gentes de um mesmo processo da vida planetária. Essa escolha, que fiz, deu-me a condição de não deixar que meus “demônios” suplantassem minha índole e as minhas vontades.
Mas, dentre tudo isso tenho a Alegria, uso a inicial no maiúsculo por ser esta alegria uma personalidade, que não chegou no encontro do achado, mas um processo de busca e vivencia constante.
Preocupei-me, demasiadamente, com o que as pessoas pensassem de mim ou o que viriam acharem do meu jeito. Mas tive a felicidade de conhecer um projeto divino, ou seja, uma pessoa, que me colocou para alem dos olhos cegos das outras pessoas ou espíritos sedentos em destruir vidas. Com isso, ganhei solicitude e calmaria em meio as tempestades e ao caos.

sábado, 6 de novembro de 2010

Existir, por certo, relacionar-se

Existir talvez seja complicado, ou complexo demais, mas a vida sempre nos oferece interessantes realidades que podem nos levar para o melhor de nossa existência. Pensar sobre essas realidades, e elas não são transferíveis, pois cada qual tem a sua, seria o começo de um viver com leveza e graciosidade. Mas, é muito necessário um entender melhor quem somos e qual é a nossa relação com o mundo e a vida no mundo. Entende-se que somos seres de relacionamentos. Seja no encontro com a outra pessoa ou na intimidade com o nosso “eu”. Tem-se visto, de maneira muito freqüente, pessoas não se dando conta da passagem de sua própria vida, justamente, por não se verem como um ser de relação com o mundo e, isso se dá, tenho por mim, pela incapacidade de sentir seu próprio existir. Pois na vida, muitas coisas são prescritas para que a comunicação com o outro seja de qualidade; o bom dialogo, o olhar de um bom contemplar e o de buscar sempre o melhor entre nós em nós. Por certo somos o tempo todo, levados a vermos o que esta fora de nós, e isso, muito superficialmente, talvez, por isto a dificuldade de concentração em nós mesmos para entendermos as nossas relações com o externo.
Vivemos em sociedade da transparência, como nos afirma Buman, sociólogo da atualidade, em seu livro “Amor Líquido”, onda trata das fragilidades dos laços e das relações humanas, ou seja, a falta de compreensão do que é relação ou o outro nas relações. Como se sabe, relacionamento requer investimento; seja de tempo, esforço, dedicação, parceria, compreensão, quando isto não acontece o dilema está instalado, ou seja, a desolação de tempo perdido e trabalho desperdiçado como esforço inútil. Entende-se com isto que, enquanto não repararmos no que há de bonito na vida e não nos deixarmos que as coisas que de ruim sejam o caminho que rotiniza o nosso respirar, então, aí, cria-se a possibilidade de nos vermos como agente de nosso viver e conviver. A busca por um bem viver tem sucumbido, em muitos casos, em algo que satisfaça o imediato e o que nos alivie como um anestésico, ou seja, algo que passe a dor do momento sem preocupação com o sintoma. Por isso que, estamos vendo a dor em muitas pessoas e elas não conseguem resolver suas dores, jogado-as em cima de outros ou de outras pessoas para alivio de suas tensões. Quando vivermos o bom relacionar-se consigo mesmo e o enxergar o que em nós está, possivelmente se consiga, então, uma melhor saúde nos relacionamentos.
De uns tempos para cá, me deparei com muita gente, ainda me deparo, e fico olhando-as tentando entende-las por que tanta amargura e essa facilidade para a maldade. Christopher Lasch, em seu livro ”no mínimo eu”, trata de uma questão muito importante da natureza humana, mais descuidada. Ou seja, existem muitas pessoas que estão cada vez mais em busca de seus próprios interesses, valorizando somente o que fazem e o que lhes interessam. Pois, se assim continuarmos, chegará o momento em que o mundo e a relação com a vida perderão a essência, para tais pessoas. É preciso não perder a essência da vida e nem o seu sentido. E esse é um exercício de humanização cabendo a cada um de nós a responsabilidade, que vai passar, é claro, pelos laços do bem relacionar-se. Sendo assim, o existir, por certo, valerá a pena e a relação com o mundo e a vida terá sentido.